Os Objetos não têm cor!

   

OS OBJETOS NÃO TÊM COR!

(DOCUMENTOSCOPIA – TEORIA DAS CORES)

                         Causa estranheza a afirmação de que os objetos não têm cor.

                        Mas a verdade é que não têm mesmo. A cor que vemos é mero efeito de iluminação e se forma em nosso cérebro. Os objetos refletem a luz de formas diversas, dependendo da substância que os constituem. O feixe de luz refletido pelo objeto iluminado age sobre células da retina, em nossos olhos, de onde o nervo ótico conduz as informações até a região específica do cérebro. A cor não se forma nos objetos e sim em nossos olhos e nosso cérebro.

                        As substâncias que constituem os objetos têm a capacidade de refletir ou de absorver a totalidade ou parte da luz que incide sobre eles. É o que se denomina “reflectância espectral”.  Se absorver quase  totalmente a luz, o olho humano verá o objeto como negro. Se  refletir a luz quase  totalmente, o olho humano verá o objeto como branco.

                         É a  parte da luz  refletida que determina cor que nosso olho vê no objeto. Se virmos um objeto de cor vermelha, não significa que ele seja vermelho e sim que não absorveu, mas refletiu, as ondas luminosas vermelhas.

                       As células da retina que processam o feixe de luz emitida pelo objeto  são denominadas bastonetes e cones. Existem cerca de 125 milhões de bastonetes e cerca de 6 milhões de cones. Os bastonetes permitem perceber baixas intensidades luminosas (penumbra, luz noturna) mas, sem perceber cor. Os cones captam as impressões coloridas de maior luminosidade (luz do dia).

                        O olho humano possui 3 tipos de cones: os azuis, os verdes e os vermelhos. Os cones azuis são ativados por ondas correspondentes à cor azul (ondas curtas); os cones verdes por ondas correspondentes á cor verde (ondas médias) e os cones vermelhos por ondas correspondentes à cor vermelha (ondas longas).

            A denominação do sistema de cores RGB decorre do fato de que  as cores vermelha (Red), verde (Green) e Azul (Blue) são as  únicas que nossos olhos captam. Todas as outras são formadas a partir delas, mediante combinação das ondas de luz emitidas pelo objeto e captadas pelo olho humano, formando as cores primárias,  o que permite enorme variedade de outras cores (secundárias) ou tonalidades.

             Há duas maneiras de combinar as cores primárias, denominadas “síntese aditiva” e “síntese subtrativa”.         

             A síntese aditiva é a soma de duas ou mais cores básicas (R-G-B). A combinação de Vermelho e Azul (R+B) forma a cor magenta(rósea);  a combinação de Verde e Azul (G+B) forma a cor ciano (azul claro) e a combinação de Vermelho e Verde (R+G) forma a cor amarela e a combinação das três (R+G+B) forma a cor branca (figura abaixo).

          A combinação das luzes refletidas (não emitidas!) pelos objetos constitui a síntese subtrativa, assim denominada porque o objeto pode absorver parte da luz que recebe e só refletir outra parte. Na síntese subtrativa o olho humano não estará captando uma luz emitida pelo objeto, mas sim uma luz refletida por ele.

             A luz refletida por um objeto, exposto à luz branca, terá a cor ciano se absorver o vermelho e refletir o verde e o azul; terá a cor amarela se absorver a azul e refletir o verde e o vermelho; terá a cor magenta se absorver o verde e refletir o azul e o vermelho. Se absorver as três cores básicas, o objeto será visto como preto. Daí a denominação de CMYK (Ciano; Magenta; Yellow, e  BlacK, preto) para esse sistema de cores.

              Assim, quando o ciano, o magenta e o amarelo são sobrepostos , eles geram o preto, porque os três tons primários da síntese aditiva serão absorvidos ( ao contrário da síntese aditiva em que a soma dos tons primários resultavam no branco).

 

Colorimetria

A medição das cores obedece a três parâmetros básicos: Matiz (indica o comprimento espectral de onde predominante), Brilho (indica a intensidade luminosa) e Saturação (indica a maior ou menor pureza ou definição dentro da faixa espectral).